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Cuidados gerais a ter com o seu gato


Vacinas


Dependendo da análise do veterinário, é feita a escolha da vacina mais adequada para o seu gato.
De acordo com a incidência de doenças na região, o tipo de vida do gato, etc. ele irá escolher entre a vacina Tríplice, Quadrupla ou Quíntupla.




A vacina Anti-Rábica (Raiva), também é obrigatória.


Tríplice:
Panleucopenia
Os sintomas da doença estão relacionados com o sistema digestivo: vómito, perda de apetite e diarreia com ou sem sangue. A transmissão ocorre por contacto directo do animal com as fezes e urina de animais infectados no ambiente.
RinotraqueíteVacina contra Herpesvírus, microorganismo que tem preferência pelas mucosas nasais, traquéia e conjuntiva, caracterizando os sintomas respiratórios.
Como o Herpesvírus não é eliminado do organismo do animal após o contacto, o gato não vacinado será portador definitivo do vírus. Isto quer dizer, que se o animal passar por um período de stress ou queda de resistência, o Herpesvírus poderá se manifestar, causando os sintomas respiratórios característicos: secreção ocular, nasal, tosse e pneumonia.
Calicivirose
Vacina contra o Calicivírus que também é responsável por problemas respiratórios nos gatos contaminados, além de provocar ferimentos na boca. Este vírus é muito resistente no ambiente.


Quádrupla:
Panleucopenia
Rinotraqueíte
Calicivirose
Clamidiose
É uma zoonose (doença transmissível ao ser humano) responsável por conjuntivite e sintomas respiratórios suaves nos gatos.
É uma doença caracterizada por uma conjuntivite crônica e rinite moderada. Os sintomas precoces da doença são congestão ocular, aumento de lacrimejamento (ambos são unilaterais inicialmente e evoluem para bilaterais com o agravamento do processo infeccioso). Febre, rinite e espirros são observados comumente. O curso da doença é de 2-6 semanas em gatos adultos, mas a doença raramente é fatal.
A Rinotraqueíte, Calicivirose e Clamidiose, em geral, se apresentam associadas.


Quintupla:
Panleucopenia
Rinotraqueíte
Calicivirose
Clamidiose
Leucemia Felina
É causada por um vírus responsável pelo aparecimento de tumores e queda de resistência do sistema de defesa do organismo, tornando-os sujeitos a doenças oportunistas. A doença ocorre em animais de vida livre ou que tenham contacto com gatos vadios. A transmissão da doença faz-se através do contacto directo com a saliva por períodos constantes e prolongados. A vida média de um animal doente é de 2 a 3 anos após a infecção. Gatos fracos ou que constantemente apresentam problemas de saúde são considerados suspeitos de terem Leucemia Felina. O diagnóstico é feito pelo teste ELISA. Não existe cura, apenas a prevenção por vacina. A Leucemia Felina é actualmente a doença que mais mata gatos que vivem em Gatis e Associações.
Antes de vacinar com a Vacina Quíntupla Felina, é preciso levar em consideração os seguintes riscos com relação à vacina contra Leucemia Felina:
As reações à vacina para leucemia são: Fibrossarcoma, Choque Anafilático e Imunossupressão por um curto período de tempo.
O Fibrossarcoma ocorre no local onde o gato tomou várias vacinas contra Leucemia.
É um câncer extremamente agressivo e fatal, que se dissemina com facilidade por todo o organismo.
Devido aos riscos da vacina e pelo contágio da Leucemia se dar por contacto direto entre os gatos (o vírus não é transmitido via ar). Os gatos que SÓ ficam DENTRO de casa não têm necessidade de vacinar contra Leucemia, desde que NÃO tenham contacto directo com gatos que frequentam a rua, ou mesmo quando for ao veterinário.
Além de outras razões práticas, o uso de transporte para ir ao Veterinário também é importante por causa disso, pois evita que o gato tenha contacto directo com outro.



-Se o gato SÓ fica dentro de casa e NÃO tem contacto com outros NÃO precisa de se vacinar.
-Se sai de vez em quando e existe a possibilidade de um contacto directo com outros gatos, deve vacinar-se de 3 em 3 ANOS.
-Vacinar anualmente os gatos que saem MUITO!
E o local da vacina deve ser estudado, para que, caso ocorra o fibrossarcoma mais tarde, uma grande parte de tecido possa ser tirada para tentar evitar que o cancer se dissemine. Muitas vezes isso não pode ser feito devido ao local.


Esses riscos devem ser levados em conta pelo Veterinário e pelo proprietário do gato na hora de vacinar.
Raiva
É uma zoonose grave que atinge todos mamíferos. A transmissão faz-se através de mordidelas e saliva de animais doentes.
A incubação da doença pode durar entre 30 dias a 18 meses.
A doença não tem cura mas a vacinação é totalmente eficaz. O reforço da vacina é anual.



Todos os animais devem ser desparasitados antes de serem vacinados.











Alimentação
Os gatos são carnívoros. No seu ambiente selvagem, devoram a presa inteira, incluindo a pele, os órgãos internos, os ossos e ervas que a presa tenha ingerido. Dessa forma ele obtém o balanceamento nutricional correcto.
Vários estudos realizados mostram que o gato doméstico possui necessidades alimentares especiais. A alimentação correcta do seu gato, desde filhote, irá influenciar a saúde dele por toda a vida.
Os gatos que não têm uma boa alimentação, não poderão desenvolver-se bem, nem terão a resistência necessária para evitar doenças.

Alimente os seus gatos sempre no mesmo horário e lugar. A hora da comida é um grande evento para o animal.
Qualquer mudança na alimentação, mesmo que seja só da marca da ração, deve ser feita de forma gradual, pois as mudanças bruscas podem causar diarréia.
Mantenha sempre limpos os comedouros e os bebedouros. Use os mais pesados para que não virem com facilidade, coloque folhas de jornal por baixo dos pratos, para evitar que deslizem e também facilitar a tarefa de limpeza.
Evite o uso de comedouros e bebedouros plásticos. Alguns gatos apresentam uma reação alérgica ao plástico, chamada Acne Felina.
Os gatos, como as pessoas, possuem gostos diferentes, alguns não aceitam alimentos que outros gatos adoram. Procure descobrir qual o alimento que seu gato mais aprecia.
As preferências alimentares dos gatos dependem do odor do alimento, textura, hábitos alimentares e saúde do gato.


O apetite do gato também é influenciado pelo ambiente que o rodeia.
A luz, o barulho, a presença ou ausência de pessoas ou animais, o tipo de limpeza do comedouro e bebedouro, são factores que afectam o seu apetite.
Não alimente o seu gato em excesso.

Alimentar bem não é a mesma coisa que alimentar demais, até que deixem sobras. Uma boa alimentação é formada por uma quantidade suficiente de alimentos, com todos os elementos nutricionais necessários ao bom funcionamento do organismo dos gatos.
Os gatos têm deficiência de algumas enzimas, o que os torna incapazes de sintetizar determinados nutrientes no organismo. Eles têm que ser fornecidos pré-formados na dieta, como a Vitamina A, o Acido Aracdônico e Taurina.





Banhos
Normalmente não há necessidade de dar banho ao seu gato.
Os gatos são muito eficazes e tratam da sua higiene pessoal, e para a maioria dos gatos, esse é o único método de limpeza que necessitam.


A língua dos gatos é semelhante a uma lixa, actuando como uma escova na limpeza do pelo. Um gato sujo é sinal de que está doente, pois nessa altura deixa de se limpar.


Algumas vezes é necessário dar banho, como no caso de:
- algum produto venenoso no seu pêlo;
- não se conseguir limpar sozinho, por algum motivo;
- gatos que participam em exposições;
- estar muito sujo, por algum motivo;





Método para dar banho ao seu gato:

1º- Prepare tudo o que necessita:
água morna;
bacia ou pia que irá usar;
toalha de banho ou tapete de borracha no fundo da pia ou bacia, para que o gato se possa segurar nela com as unhas e sentir-se mais seguro;
Champôo próprio para gatos (champôos humanos ressecam demais a pele do gato);
tolha bem felpuda para o secar e dependendo do gato, poderá depois da toalha usar secador de cabelos, mas a maioria dos gatos não gosta do barulho e ficam muito nervosos.

2º - Encha a bacia ou pia com água antes de colocar o gato dentro, para que ele não se assuste com o barulho da água;
Convém que o gato tenha as unhas aparadas antes do banho, pois evita seja arranhado;

3º - Escovagem do pêlo
A escovagem do pêlo do gato é muito importante, pois evita a formação de bolas de pêlo no estomago deles.



Comece a escovar o pêlo do gato quando ele ainda for pequeno, para que se acostume.
Se o gato for de pêlo curto, não necessita de tanto cuidado, mas também deve ser penteado e escovado, humedecendo no fim um pano de tecido e passando no seu pêlo.


Os gatos de pêlo longo devem ser escovados de preferência 2 vezes ao dia, durante 5 minutos. Use um pente de metal com dentes largos e uma escova de cerdas duras, pois assim ele ficará fofo quando voçê terminar.
Certifique-se que desembaraçou bem os pêlos do seu gato, ou ele ficará com um emaranhado impossível de desfazer, a não ser cortando.
Penteie o gato por inteiro, e não se esqueça do abdómen e das áreas por baixo das pernas.
Existem pentes e escovas especiais para o seu gato, nas lojas de animais.


4º - Olhos e orelhas
A cera dos ouvidos pode ser removida com cotonetes, mas com muito cuidado. Isso deve ser feito 1 vez por semana.
No canto dos olhos, próximo do nariz, costuma aparecer uma formação dura, que pode ser retirada com cuidado com soro fisiológico levemente morno.

5º - Corte das unhas
Para aparar as unhas dianteiras e traseiras do gato use uma tesoura apropriada (alicate próprio, à venda em lojas de animais).

Apoie o seu dedo polegar por cima da 'almofadinha' da pata do gato e os demais dedos por baixo.
Aperte para ele exibir a unha.
Com a outra mão, corte a parte branca, com cuidado para não atingir a parte rosada que tem uma veia, que se for cortada, causa sangramento e dor (existe um produto chamado 'Quickstop' próprio para estes casos, que interrompe o sangramento imediatamente).
Se não houve diferença na cor da unha, corte apenas a ponta.











Castração
Sabia que ... uma gata que procrie livremente pode em apenas 2 anos deixar 200 (duzentos!!) descendentes.


Porquê castrar?

Os gatos castrados são mais calmos e torna-se mais fácil de manter em casa. Evita o hábito de "spray" da urina para marcação de território, ferimentos por brigas, doenças contagiosas, etc.

As gatas castradas ficam menos nervosas e barulhentas, mais relaxadas, brincalhonas e afectivas. A tendência para engordar pode ser controlada com alimentação correcta e exercícios.
A castração também irá aumentar a expectativa de vida da gata, pois não terá problemas de saúde, como tumores de mama e do aparelho reprodutivo, cistos ovarianos, infecções uterinas como piometra, que obrigará a uma cirurgia, e que é muito pior do que a castração, já que haverá um campo operatório contaminado por bactérias e com risco de septicemia.

Ao castrar uma fêmea, você também estará a aliviá-la de um sofrimento e uma angústia, já que o instinto de preservação e os hormônios falam mais alto. Não que ela sinta desejo de ser mãe, como acontece com mulheres. Elas nem sabem o que é isso. É uma coisa instintiva e irracional, devido aos hormônios.
A castração é uma forma mais humana e saudável de manter uma fêmea, se você não deseja filhotes.




Quando castrar?
Normalmente é aconselhado pelos veterinários, que os gatos sejam castrados assim que os testículos descerem para a bolsa escrotal, ou seja, por volta dos 6 meses.

As fêmeas também podem ser castradas a partir de 7 meses de idade.

Anteriormente pensava-se que a castração precoce predispunha o gato à Síndrome Urológica Felina (SUF). Mas estudos mostraram que não há diferença significativa no desenvolvimento do trato urinário, entre gatos castrados precocemente e tardiamente.

O que é a castração?

A castração no macho é realizada por uma cirurgia muito simples, com anestesia local. Um bom veterinário é capaz de a realizár rapidamente e sem riscos para o seu animal. Converse com ele e fale sobre seu medo de um choque anafilático. Como a anestesia é local, não há grandes problemas.
A cirurgia pode ser uma orquiectomia (retirada dos testículos) - a mais comum - ou vasectomia.

Não há inconveniente em castrar uma fêmea antes que ela tenha tido crias.
A cirurgia actualmente envolve pouquíssimos riscos, se feita por um bom profissional. E só há vantagens em fazê-lo.


A castração da fêmea é um pouco mais complicada do que no macho, pelo que esta é realizada com anestesia geral. Aqui a cirurgia chama-se esterectomia (retirada dos ovários), ou pan-esterectomia (retirada de útero e ovários).
A recuperação dá-se numa 1 semana.



Cio da gata
As gatas entram no cio quase todos os meses.
Elas costumam ter 3 estações de cio por ano.
Cada estação de cio tem 2 a 3 cios, com 7 a 10 dias de duração cada um, e intervalo de 10 a 15 dias entre eles.
Em certos momentos pode parecer que ela está o tempo todo no cio.





Obesidade, castração, e Síndrome Urológica Felina
A obesidade está mais relacionada com a preguiça e alimentação excessiva, peculiar a cada animal, do que à castração em si.
A SUF ( Síndrome Urológica Felina) atinge cerca de 1% dos gatos, machos e fêmeas. Mas acomete mais os machos, devido à uretra ser mais longa.
A idade de maior ocorrência é entre os 2 a 6 anos em média.
As causas ainda são muito discutidas, entre elas: gatos obesos, com pouca atividade, alimentação muito seca e com alto teor de magnésio; alimentação com muita proteína; causas congênitas de mal fomação da bexiga e/ou uretra; obstrução, inflamação da uretra; mal funcionamento ou inflamação da bexiga; traumas; problemas neurológicos que afectem o ato de urinar. Enfim, tudo o que possa favorecer a formação de cristais e cálculos e retenção da urina.
Isso pode ser evitado com muita água fresca à disposição, rações que não contenham alto teor de magnésio e acidificantes, evitar alimentação com excesso de proteínas, estimular o animal a brincar, e principalmente não o alimentar em excesso.



Uso de hormônios
Não é recomendável a administração de hormônios para evitar que o macho queira namorar. Nenhum hormônio é inócuo.
O uso de anticoncepcionais nas fêmeas também é danoso para o organismo, predispondo-a a uma série de doenças, como tumores, câncro e infecções uterinas graves.




Gatas que continuam apresentando cio após a castração
Se apenas o útero foi retirado ela continuará a entrar no cio porque os ovários ainda estão lá, produzindo hormônios.
Se um dos ovários ou parte deles foi deixado durante a cirurgia a gata continuará a apresentar o cio regularmente.










Dentição
Os dentes de leite do seu gatinho começam a nascer por volta das 2 semanas de idade. Com 30 dias todos eles já irromperam, com excepção do primeiro pré-molar superior, que irrompe com 45 dias de idade.

Os dentes permanentes começam a irromper por volta dos 6 meses de idade. Quando começa a troca do primeiro dente, surge o primeiro pré-molar superior.
A dentição é uma boa forma de calcularmos a idade de um filhote, quando não sabemos a data do seu nascimento.




Placa Bacteriana
A acumulação de restos de alimento nos dentes acarreta a formação de placa bacteriana. Esta origina a periodontite e até a perda do dente.



Esta acumulação começa geralmente na parte externa dos dentes superiores.


Gengivas com linhas vermelhas, contornando os dentes, é sinal de irritação por placa bacteriana.
Alguns gatos são mais propensos a apresentar a placa, outros nunca necessitam de limpar os dentes em intervalos regulares.

A limpeza dos dentes pelo veterinário deve ser feita uma vez ao ano.
Devido ao custo e risco da anestesia, é uma boa idéia cuidar bem dos dentes de seu animal, para que diminua a formação da placa.
Se o seu gato tem mais de 5 anos de idade, veja se o seu veterinário pode usar um sedativo mais leve, ao invés de anestesia, ou mesmo uma anestesia inalatória, que é mais segura.




Como escovar os dentes do meu gato?
Não será tarefa fácil, e é provável que você necessite da ajuda de outra pessoa.
Mas vale a pena.
Procure contê-lo usando um colar, feito com uma toalha de rosto enrolada.
Escove os dentes de seu gato 1 vez por semana.
Utilize uma escova de dente de cabeça bem pequena e pasta de dentes especial para gatos, vendida em lojas de animais.




Cáries
Geralmente ocorrem no colo do dente, junto à gengiva.
Animais com cáries, não se alimentam como deve ser, ficam debilitados e podem ter infecção sistêmica por formação de abcessos.
A infecção do dente, pode passar para as cavidades nasais e de lá atinge os pulmões, o que custará ao seu gato uma infecção difícil de tratar e uma antibioticoterapia de longo prazo.




Mau-Hálito
Existem várias causas de mau-hálito:

Dentição: A troca dos dentes começa por volta dos 6 meses de idade, e às vezes isso causa mau-hálito, devido à inflamação da gengiva.

Gengivites: As gengivas ficam vermelhas e inchadas. Convém levar o seu gato ao veterinário.

Alimentação: Alimentos húmidos e macios tendem a formar mais placa bacteriana, enquanto a ração seca não.

Algumas rações possuem um odor muito forte, o que ocasiona o mau-hálito. A mudança da mesma geralmente resolve nesses casos.


Abcessos: Os únicos sintomas podem ser o mau-hálito. O veterinário tem que drenar o abcesso e remover o dente. Se isso não for feito, a infecção passa para as cavidades nasais, a face do gato incha e a infecção pode ir para os pulmões.







Diabetes
Diabetes mellitus não é tão comum em gatos, como nos humanos.
Ocorre principalmente em gatos de meia idade ou idade avançada e obesos, mas qualquer gato que apresente sintomas de fome excessiva, perda progressiva de peso, sede e urina em excesso, deve ser examinado pelo veterinário para despiste de diabetes.
A doença ocorre devido à incapacidade das células do pâncreas em secregar a insulina suficiente.

A insulina é necessária, para que as células do corpo retirem a glicose da corrente sanguínea e a metabolizem em energia. Portanto, nos diabéticos, o açúcar do sangue é sempre muito elevado. O limite normal está em torno de 100mg.

Com o tempo, a diabetes não controlada causará diversos problemas no gato.

Os principais sinais no gato são: fome excessiva e por mais que coma continua a emagrecer, porque não consegue absorver nutrientes.
Além da perda de peso, outro sinal é o aumento da sede e urina.
O diagnóstico da diabetes é feito pela dosagem de glicose no sangue e na urina.


A diabetes só é fatal se não for tratada.

Um pequeno número de gatos pode ser tratado apenas com dieta e medicação oral, mas a maioria necessita de injecções de insulina. Existem no mercado rações especiais para animais diabéticos.

A administração de insulina não é tão má quanto parece. A agulha é muito fina e a maioria dos gatos não reage.
A dose de insulina depende de cada caso, e no início do tratamento, o veterinário irá determinar a dose que o seu gato precisa.

Ele terá que ser internado, para que o veterinário possa aos poucos determinar qual a taxa de insulina diária que ele necessita. O internamento é necessário porque um dose alta de insulina pode causar hipoglicemia, que pode matar o animal se não tratada rapidamente.

Cada animal tem a sua dosagem própria e esta precisa ser determinada através da administração da insulina, com testes de sangue e urina para medir a quantidade de glicose. Assim, a dose diária de insulina que ele necessitará será determinada.

O início do tratamento com insulina deve ser cauteloso. Alguns gatos podem apresentar choque insulínico com apenas 1 unidade de dose, mesmo estando com a glicemia alta. Por isso é necessário o internamento até a dose ser acertada.
Normalmente começa-se com 1 unidade de insulina até chegar à dose correta.
Mesmo após a determinação da dose de insulina, você terá que ter sempre em casa glicose, como Karo, para que ao primeiro sinal de hipoglicemia você passe nas gengivas do gato, para depois o levar ao veterinário. Com o tempo você vai-se habituando e conhecendo bem a doença e como ela se manifesta no seu gato.

Uma boa avaliação para se fazer em casa é com aquelas fitas que se compram na farmácia, para teste de glicose na urina. Quando chega a aparecer glicose na urina, é porque a taxa de glicose no sangue já está bem acima do normal.
Se foi diagnosticado diabetes ao seu gato tenha em conta que: sem tratamento adequado ele morrerá;

Se você e o seu veterinário trabalharem em parceria, o seu gato viverá por muitos anos.
A diabetes é mais comum em gatos com hipertiroidismo.
O simples tratamento para hipertiroidismo, não ajuda a tratar ou a melhorar a diabetes e pode mesmo piorá-la. O ideal é tratar para as duas doenças.


O tratamento para hipertiroidismo em gatos também é delicado, fale com o seu veterinário para ver qual a melhor forma de o fazer.

A diabetes pode causar neuropatia e fraqueza dos membros posteriores, assim como problemas circulatórios como embolias, que ocorrem quando o hipertiroidismo causa cardiomiopatia e pressão alta. Algumas vezes os problemas circulatórios ocorrem como consequência directa da diabetes.
A Neuropatia Diabética é decorrente de diabetes não controlada. Causa fraqueza nos membros posteriores, mas o gato consegue andar. Frequentemente, essa fraqueza faz com que os gatos não andem na ponta dos pés e toquem parte do membro posterior no chão. Ele pode voltar a andar normalmente com o uso de insulina.









Diarreia
A diarréia não é uma doença em si, mas sim consequência de alguma coisa que fez mal ao organismo e causou um "desequilíbrio" no tracto gastrointestinal.

Ela é uma defesa do organismo, que tenta expulsar algo que está agredindo a mucosa intestinal, quer sejam vermes, bactérias, vírus, protozoários ou mesmo uma alimentação que não foi bem aceite pelo organismo. Por isso é importante combater a causa também.
Se o seu gato apresentar diarréia persistente ou estiver apático, recusar comer ou beber, leve-o rapidamente ao veterinário.
A desidratação pode matar o filhote em poucas horas.
Leve uma amostra das fezes para que possa ser pesquisada a presença de parasitas.



Normalmente a diarreia dura poucos dias, e se não apresenta outros sintomas, como febre, ela não tem causa mais séria.


O importante é manter o gato bem hidratado.
Os sinais de hidratação são: olhos brilhantes, saliva normal, presença de urina e pele solta e flexível na nuca.

Dieta para animais com diarreia persistente:
- arroz cozido
- iogurte natural
- frango cozido
- caldo de galinha



Não use temperos. A alimentação leve e húmida previne contra a desidratação.





Possíveis causas de diarreia

1 - Causas de diarreia aguda
A - Infecções

A1 - Virais
- Panleucopenia
- Leucemia Felina
- Coronavirose
- Rotavirus
- Astrovirus

A2 - Bacterias
- Salmonella
- Campylobacter
- Escherischia coli

A3 - Parasitas
- Vermes
- Coccidia
- Giardia
- Toxoplasma

Alguns parasitas são muito difíceis de serem detectados nas fezes, dependendendo do ciclo (pode não estar na fase de postura de ovos).

Giardia, Coccidia e Toxoplasma, também são muito difíceis de serem vistos nas fezes, o facto do exame dar negativo não quer dizer que não estejam lá.

Esses parasitas agridem a mucosa intestinal, causando a diarreia.
Fazer exames de fezes seriados para protozoários (giardia, ameba, cociidia, etc) , vermes. Infelizmente, esses microorganismos são muito difíceis de serem vistos nas fezes.
B) Mudanças bruscas de alimentação

Todas as vezes que você mudar a alimentação ou a marca de ração, não o faça de uma forma brusca, pois isso pode causar diarreia. Mude aos pouquinhos, colocando quantidades inicialmente pequenas da nova ração, misturada com a alimentação antiga. Vá aumentando gradualmente, até que fique só a nova alimentação. A flora intestinal necessita de tempo para se adaptar à nova comida.

C) Ingestão de lixo

D) Induzida por drogas: Acetominofen (Tylenol), Antibióticos.

As causas mais comuns de diarreia aguda são infecções virais e mudanças bruscas na alimentação.


2 - Causas de diarréias crónica
A) Virus e Bacteriais: FIV, FeLeuk, Salmonella, Campylobacter, Clostridium.

B) Parasitas

C) Dieta

D) Vários: problemas inflamatórios no intestino, medicamentos, uso errado de antibiótico, desequilibrio da flora intestinal, obstrução parcial do intestino, causa desconhecida.









Doenças Hepáticas
Existem 4 doenças de fígado mais comuns nos gatos:

Hepatite Tóxica:
Pode ser causada por qualquer substância tóxica ou por toxinas bacterianas.
Muitas vezes não conseguimos identificar a causa de uma hepatite tóxica no gato. Eles ficam deprimidos, apresentam vómitos, podem ter ou não icterícia e perdem o apetite.
Descartada a hipótese de lipidose a partir de exames de laboratório, faz-se um tratamento de suporte com antibiótico e nutrição adequada e na maioria das vezes o gato recupera bem. Pode levar de 1 a 2 semanas para as enzimas hepáticas baixarem o seu nível no sangue, por isso pode acontecer o gato apresentar melhoras significativas mas os valores laboratoriais permanecerem altos por alguns dias.

Lipidose Hepática:
Acontece quando o gato pára de comer, por qualquer razão.
É a mais comum de todas.

Colangiohepatite:
Inflamação dos ductos biliares e do fígado.

Câncro:
Vários tipos de câncro que afectam os gatos têm a tendência a dar metástase no fígado.